Disposto a obedecer a vontade do Pai (Mt 26)
Jesus caminha em direção à cruz como resultado imediato da traição de Judas. Esta foi uma das dificuldades que Jesus enfrentou a caminho da cruz. Como ele encara esta realidade?
A realidade de que o traidor era alguém que andava e convivia com ele, era um dos seus, era seu discípulo. O v.14 diz que um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ao encontro dos principais sacerdotes fazer uma proposta para entregar Jesus nas mãos deles.
Os vs.3,4 deixam claro que eles desejavam prender Jesus “à traição” e matá-lo. Mas isto não era fácil porque Jesus era muito popular. Por isso (Mc 14.10,11) diz que quando os principais sacerdotes ouviram a proposta de Judas, eles se alegraram e lhe prometeram dinheiro. Judas iria facilitar o “trabalho” deles, ele era um dos doze, conhecia toda a rotina de Jesus, onde e quando seria a melhor ocasião para prendê-lo. O traidor era um dos doze. Como Jesus esta encara realidade?
Jesus encara esta realidade com disposição para obedecer às Escrituras. Jesus tinha conhecimento da sua missão e durante todo tempo estava consciente de que veio morrer na cruz para salvar muitos pecadores. Isto fica evidente no v.2 e também nos vs. 17-19 quando manda os discípulos fazer os preparativos da páscoa na cidade de Betânia, no v. 18 ele diz... “O meu tempo está próximo”. O v. 21 diz (...) um dentre vós me trairá e o 24 ele diz: O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Jesus tinha conhecimento do que as Escrituras determinavam a seu respeito, ou seja, que a sua missão era a cruz. Porém, ele percorreria o caminho da cruz em obediência às Escrituras, i.é, ao Pai, para a salvação dos seus filhos.
Por isso, na sua oração no Getsêmani, angustiado ele ora (v.42): Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E no v.53 quando os soldados vêm para prendê-lo e um dos discípulos saca uma espada na tentativa de defendê-lo, ele declara: Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Mas, ele não roga ao Pai que os anjos venham salvá-lo da cruz porque ele está disposto a obedecer às Escrituras, ao Pai para nos salvar.
Este é uma dos motivos porque Jesus é o nosso modelo. Ele é o exemplo a ser seguido pelos cristãos. Jesus encarou a cruz por amor a nós e nos salvou, mas ele fez isto também porque amor e obediência ao Pai. A obediência de Jesus a Deus deve ser imitada por todos nós. Por causa da sua morte na cruz, ele nos fez filhos de Deus e assim como ele conhecia qual era a vontade do Pai para sua vida, nós também devemos nos esforçar para conhecer, através da Bíblia, o que Deus preparou para nós e assim como ele foi obediente até a sua morte, devemos nós também ser. Que Deus nos ajude!
Rev. Valmir Rocha
Pastor Auxiliar da IPD
